Foi o fundador do tradicional
Circo Orlando Orfei. A Dinastia dos Orfei teve início quando seu avô padre
Paulo Orfei, conheceu uma jovem da família Massari, No conservatório da cidade
de Ferrara. Os dois se apaixonaram e ele abandona a vida eclesiástica e decide
pedir a mão da moça em
casamento. Como a família foi contrária, os dois fugiram, e
se refugiaram com um bando de ciganos, que viajavam pela Itália. Três anos
depois, em 1825, nasceu o primeiro Circo Orfei. O jovem Orlando Orfei estréia
no picadeiro aos 6 anos como palhaçinho dentro das calças do irmão palhaço, que
a um certo momento do esquete o retirava como tivesse grávido. Depois disso,
dos 9 aos 15 anos de idade foi malabarista, um dos números mais difíceis,
equilibrista, ciclista acrobático e mágico aos 18 anos, Em 1956 um domador
alemão deixou a companhia e Orfei decidiu se tornar domador, o que o levou a
ser considerado um dos melhores do mundo, por seu estilo descontraído de tratar
os animais. Orlando Orfei foi responsável por inúmeras invenções do circo
moderno: Quando os circos eram obrigados a encerrar temporadas por causa do
inverno rigoroso da Europa, Orfei inventa a calefação a diesel. Convence seu
amigo Canobbio, hoje o mais famoso fabricante de lonas de circo do mundo, a construir
a primeira lona de plástico, quando as lonas eram de algodão, impagáveis devido
ao seu alto custo e com pouco tempo de vida. Enfrenta o irmão Paridi, seu
sócio, ao idealizar o cartaz de 4 folhas e assim aumentar a eficácia dos
cartazes de colagem urbana. O som central utilizando a concavidade do interior
do circo, a propaganda aérea, as águas dançantes e principalmente seu modo
inigualável de domar os animais. Orlando Orfei é domador, pintor, escritor,
dublê de cinema e televisão, empresário, diretor circense e músico, apesar de
não poder tocar mais já que teve um acidente com uma de suas leoas onde perdeu
a articulação de um dos dedos das mãos. Na pintura teve suas obras reconhecidas
como herdeiras da arte alemã, por especialistas e, durante anos, teve suas
telas expostas na Sala Antonina uma das mais importantes galerias de Roma, por
indicação de um cardeal seu amigo do Vaticano.
Orlando Orfei foi condecorado
pelo Governo Italiano como Cavalheiro Oficial da República. No Rio de Janeiro,
São Paulo e Goiânia é cidadão honorário. Recebeu o título de Cidadão Carioca
pelo município do Rio de Janeiro e de Cidadão Iguaçuano pela Câmara Municipal
de Nova Iguaçu-RJ. Foi recebido também pelos Papas, Pio XII, Paulo XVI e João
Paulo II. Mas foi o Papa João XIII, que ao rebebê-lo 5 vezes disse-lhe, -
Orlando, o teu trabalho é um apostolado de paz, continua a levar ao mundo às
famílias cristãs a alegria.
Em 1968 decide aventurar-se na
América Latina e estréia em
São Paulo na Praça da República. Logo se apaixona pelo Brasil
e decide ficar, deixando na Itália um legado inestimável de tradição e cultura
circence, com seu parentes que seguem
até hoje com o nome Orfei.
Aos 88 anos, Orlando Orfei
continua seu “apostulado de Paz”, seguindo as palavras do Papa João XXIII, a
continua a receber seu público, com as Águas Dançantes, sua grande
interpretação e considerado um dos números circenses mais lindos do mundo. De
todas as residências fixas no eixo Rio-São Paulo e na Europa, a sua esposa,
seus filhos, seu cão e a sua carreta são companheiros inseparáveis, seus
preferidos.
Em 2008, Orlando Orfei fez sua
última apresentação. Atualmente, com 92 anos de idade e longe dos picadeiros,
Orlando Orfei mora no bairro da Prata, em Nova Iguaçu , na
Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
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