quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Orlando Orfei


Foi o fundador do tradicional Circo Orlando Orfei. A Dinastia dos Orfei teve início quando seu avô padre Paulo Orfei, conheceu uma jovem da família Massari, No conservatório da cidade de Ferrara. Os dois se apaixonaram e ele abandona a vida eclesiástica e decide pedir a mão da moça em casamento. Como a família foi contrária, os dois fugiram, e se refugiaram com um bando de ciganos, que viajavam pela Itália. Três anos depois, em 1825, nasceu o primeiro Circo Orfei. O jovem Orlando Orfei estréia no picadeiro aos 6 anos como palhaçinho dentro das calças do irmão palhaço, que a um certo momento do esquete o retirava como tivesse grávido. Depois disso, dos 9 aos 15 anos de idade foi malabarista, um dos números mais difíceis, equilibrista, ciclista acrobático e mágico aos 18 anos, Em 1956 um domador alemão deixou a companhia e Orfei decidiu se tornar domador, o que o levou a ser considerado um dos melhores do mundo, por seu estilo descontraído de tratar os animais. Orlando Orfei foi responsável por inúmeras invenções do circo moderno: Quando os circos eram obrigados a encerrar temporadas por causa do inverno rigoroso da Europa, Orfei inventa a calefação a diesel. Convence seu amigo Canobbio, hoje o mais famoso fabricante de lonas de circo do mundo, a construir a primeira lona de plástico, quando as lonas eram de algodão, impagáveis devido ao seu alto custo e com pouco tempo de vida. Enfrenta o irmão Paridi, seu sócio, ao idealizar o cartaz de 4 folhas e assim aumentar a eficácia dos cartazes de colagem urbana. O som central utilizando a concavidade do interior do circo, a propaganda aérea, as águas dançantes e principalmente seu modo inigualável de domar os animais. Orlando Orfei é domador, pintor, escritor, dublê de cinema e televisão, empresário, diretor circense e músico, apesar de não poder tocar mais já que teve um acidente com uma de suas leoas onde perdeu a articulação de um dos dedos das mãos. Na pintura teve suas obras reconhecidas como herdeiras da arte alemã, por especialistas e, durante anos, teve suas telas expostas na Sala Antonina uma das mais importantes galerias de Roma, por indicação de um cardeal seu amigo do Vaticano.
Orlando Orfei foi condecorado pelo Governo Italiano como Cavalheiro Oficial da República. No Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia é cidadão honorário. Recebeu o título de Cidadão Carioca pelo município do Rio de Janeiro e de Cidadão Iguaçuano pela Câmara Municipal de Nova Iguaçu-RJ. Foi recebido também pelos Papas, Pio XII, Paulo XVI e João Paulo II. Mas foi o Papa João XIII, que ao rebebê-lo 5 vezes disse-lhe, - Orlando, o teu trabalho é um apostolado de paz, continua a levar ao mundo às famílias cristãs a alegria.
Em 1968 decide aventurar-se na América Latina e estréia em São Paulo na Praça da República. Logo se apaixona pelo Brasil e decide ficar, deixando na Itália um legado inestimável de tradição e cultura circence, com seu  parentes que seguem até hoje com o nome Orfei.
Aos 88 anos, Orlando Orfei continua seu “apostulado de Paz”, seguindo as palavras do Papa João XXIII, a continua a receber seu público, com as Águas Dançantes, sua grande interpretação e considerado um dos números circenses mais lindos do mundo. De todas as residências fixas no eixo Rio-São Paulo e na Europa, a sua esposa, seus filhos, seu cão e a sua carreta são companheiros inseparáveis, seus preferidos.
Em 2008, Orlando Orfei fez sua última apresentação. Atualmente, com 92 anos de idade e longe dos picadeiros, Orlando Orfei mora no bairro da Prata, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

 





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